A preocupação com a oferta de leite humano nas Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o fato de existirem situações onde, por algum motivo, o recém-nascido (RN) não pode receber o leite de sua própria mãe, remetem a questão para o funcionamento adequado e implementação do Banco de Leite Humano nas Maternidades.
O Banco de Leite Humano (BLH) é um centro especializado e obrigatoriamente ligado a um hospital materno e (ou) infantil, responsável pela promoção e incentivo ao aleitamento materno e execução de colheita, processamento e controle de qualidade do colostro, leite de transição e leite humano maduro, para posterior distribuição, sob prescrição médica ou de nutricionista.
As evidências científicas indicam que bebês prematuros e/ou com patologias que se alimentam de leite humano no período de privação da amamentação possuem mais chances de recuperação e de terem uma vida mais saudável. Com o leite materno, o bebê prematuro ganha peso mais rápido, se desenvolve com mais saúde e fica protegido de infecções.
Uma das prioridades dos BLH será a de atender as mães de recém-nascidos pré-termo, de baixo peso internados nos berçários das Maternidades .
São responsabilidades do BLH orientar, executar e controlar as operações de controlo, selecção e classificação, processamento, controle clínico, controle de qualidade e distribuição. Compete aos BLHs a promoção do Aleitamento Materno.
Desenvolver actividades que atendam à filosofia do projeto e garantam o acesso da população alvo ao Banco de Leite.
A selecção das doadoras pode iniciar-se no pré-natal. Todas as gestantes, comprovadamente sadias, por meio de curso ou por orientação das enfermeiras do Serviço de Obstetrícia, são motivadas a doar seu leite, explicando-lhes que o Hospital não vai recompensá-las pecuniariamente.
Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um banco de leite humano. acordo com a legislação Além de apresentar excesso de leite, a doadora deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a doar o excedente a um banco de leite humano.
Garantir o atendimento humanizado e especializado à mulher e ao neonato por meio de serviços preventivos e curativos com equipas multidisciplinares, alta tecnologia e programas de ensino e pesquisa para reduzir o índice de morbi-mortalidade no país.